segunda-feira, 12 de abril de 2010

Solteira(o), sim. Sozinha(o), por que não?


O que eu mais vejo hoje em dia, especialmente em sites de relacionamentos, é as pessoas, e a grande maioria, jovens, estampando neles o status “Solteira(o), sim. Sozinha(o), nunca!”. Num vou mentir, já fui uma dessas pessoas. Mas com o tempo, com a solidão e, principalmente, com o amor próprio, aprendi uma coisa: isso é ridículo!
Lógico que ninguém gosta de ficar na solidão, de ficar pra “titia/titio”, mas pode ter certeza, quanto mais medo você tiver, mais chances você tem de ficar! E sabe por quê? Porque o seu desespero transparece! E transparece exatamente em ações em que você tenta demonstrar o contrário, como essas frazezinhas... E com essa insegurança, esse desespero, você cava a sua própria cova, ainda mais nos dias de hoje, onde as pessoas querem “curtir” mais a vida, a juventude (não que não seja possível aproveitá-la com alguém sério), onde o compromisso com outra pessoa é algo de que se corre à léguas. E outra, quem é a pessoa que vai querer ter algo com outra que não consegue ficar sozinha consigo mesma? Será que essa pessoa é tão insuportável que nem se agüenta?
Tá, não vou só lhe julgar! A sociedade é muito cruel ao cobrar que “a gente tem que ter alguém pra viver”, como também nós adoramos acompanhar a vida amorosa das pessoas, além de que a solidão... Ah, a solidão! Fica pior quando todos os seus amigos estão com alguém.
  Mas gente, não fica enlouquecendo porque você está solteiro(a) e as outras pessoas estão namorando, noivando, casando, etc. As coisas só acontecem na hora que tem de acontecer! Nenhumas das coisas importantes para mim aconteceram quando eu planejei, mas sim, quando eu menos esperei/desejei, e tenho certeza que pra muita gente isso é assim. E outra, eu nunca vi (nem no cinema, inclusive na telona acontece exatamente o contrário!) ninguém deixar de ficar com a pessoa que gosta porque ainda não está na hora, ou ela apareceu na hora errada. E se houver alguém assim, pelo amooor de Deus, quem é essa pessoa para eu indicá-la à terapia?

All you need is LOVE




             Já dizia Os Beatles, John Lennon e Paul McCartney: “All you need is LOVE”. E olhando pra tudo o que eu já vi e vivi, sou obrigada a concordar com eles! Não importa o tipo e a qualidade do amor, se é entre pessoas do mesmo gênero ou de gêneros diferentes, se é entre pais e filhos, irmãos, amigos, se é um pra vida toda, ou como já cantava o Chiclete com Banana “um amor me deixe arrasado na cama [...] ou que me jogue no lixo...”.
            As pessoas metem os pés pelas mãos, cometem loucuras, traem, perdem valores e se perdem de si mesmas, movem montanhas, perdoam o imperdoável, se humilham, demonstram o seu lado mais nobre, são egoístas, vivem momentos inesquecíveis, magoam e são magoadas, tudo para amar e serem amadas, desejar e serem desejadas. E o que mais me intriga nisso tudo não é essa salada mista de sentimentos, não são todas essas contradições, mas essa nossa mania de sempre reclamar do quanto sofremos no amor e continuar buscando-o. Pois já recitava o Zé de Serrania, lá no Caldeirão do Hulk, “o amor é uma dor...”, mas ele se esqueceu de completar: “e somos todos masoquistas!”.
            Tem gente que não sabe ficar só (ou solteiro, como queiram). Tem gente que não consegue superar fim de relacionamentos, achando que aquela pessoa era a única pra você no mundo. Tem gente que não consegue ficar só com uma pessoa. E por aí vai...
Foi parando pra pensar sobre tudo isso, foi que eu concordei com Os Beatles, pois sempre estamos precisando de amor, seja por outra pessoa ou por nós mesmos. E quando (re)descobrimos este último é quando deixamos de nos importar com o nosso estado civil, quando conseguimos sair do fundo do poço e ir novamente se arriscar na beira do abismo, é quando ficamos realmente abertos e dispostos a amar o outro. Nisso tudo, só não concordo com uma coisa: - “you can learn how to play the game and you can learn how to be you in time, It’s easy”, – isto não é verdade!
           

Por que não deu certo?


Passei os últimos dias relembrando “os garotos de minha vida”, quero dizer, os amores que tive. E sinceramente, olhando o passado, eu nunca ri tanto de tanto drama, de tanto sofrimento, de tanta roedeira, de tantos desencontros, de amores que deram errado, de pés na bunda, de tantos desacertos. Kkkkkkkkkkkkkkk (ainda fico rindo lembrando disso, não menosprezando os meus sentimentos). Enfim, mas são tantos desacertos que eu acho que uma hora a gente acaba acertando, lembro novamente, ACHO.
Certa vez li em algum lugar algo mais ou menos assim: só porque um amor acabou não quer dizer que ele tenha dado errado, pois ele deu certo enquanto durou. Profundo isso né? Mas eu ainda não tenho uma opinião formada sobre isso, pois tenho muitas dúvidas. Primeiro, o que a pessoa que escreveu chama de “dar certo”? Um relacionamento no qual você está com alguém, ama essa pessoa e ela te trai, não tem respeito e nem consideração por você, pode-se dizer que esse relacionamento deu certo enquanto durou? Esse amor que o autor fala diz respeito só ao sentimento ou aos compromissos assumidos quando se ama?
Seguindo essa lógica, pode-se dizer então, que um casamento no qual não há mais desejo entre o casal, mas este continua junto, pela família ou por acomodação, ou por consideração, ou até mesmo por ter apenas respeito e carinho pelo o outro por tudo aquilo que a pessoa representou na sua vida, deu certo?
Por outro lado, ao pensar dessa forma percebo que reduzo o relacionamento apenas ao que foi ruim dele, esquecendo-me das partes boas. E claro que ele teve essas partes! Sob esse ângulo, eu concordo que o relacionamento deu certo enquanto durou. Mas daí volto àquela mesma pergunta: “o que a pessoa que escreveu chama de “dar certo”? “. Dar certo é ter ao menos vivido coisas boas? Acho que não é só isso!
Dar certo para mim é duas pessoas estarem juntas (fisicamente ou não), é respeitarem uma a outra, é ter consideração uma pela outra, e o principal, que para mim caracteriza o tal do “dar certo”, é elas passarem por momentos difíceis, por problemas e conseguirem superá-los juntas. Isso para mim é dar certo! É cada um desses fatores que fazem duas pessoas ficarem juntas, manterem o relacionamento. E quando um desses fatores, só um único fator, se acaba ou deixa de ser importante para uma das duas pessoas, o sentimento já se acabou, e o relacionamento, em seguida, acaba.
Peraí, acho que tirei minhas dúvidas! É, de fato, eu agora concordo com a frase lá de cima. É pensando nos erros, acho impossível de não cometê-los nessa tentativa, continua e de extrema dedicação, de fazer “dar certo”. Além do mais, quem vai garantir que nenhum desses fatores irão deixar de ser importante pela outra pessoa? Quem? Pra isso, #ficadica “8 sinais que indicam que o relacionamento não vai bem”.